terça-feira, 24 de junho de 2008

Usando dois monitores no Linux


Depois de muito me matar tentando colocar meu notebook para funcionar com um monitor externo (como extensão do desktop, não como clone; também conhecido como Dual Head), acabei chegando a uma solução muito simples. Segue a solução, para quem sabe servir a alguém mais.

O processo foi realizado no Kubuntu 7.10, mas deve funcionar em outros sistemas (o guia que eu tomei como base era para o Debian; clique aqui para lê-lo).

Monitor LCD

Hardware usado

O hardware usado:

  • Notebook com placa de video Intel 915GM
  • Um velho monitor LG de 15" de tubo
Um detalhe a se notar é que as resoluções máximas da tela do notebook e do monitor externo são diferentes (1280x800 e 1024x768 respectivamente).

Como fazer?

  • Faça um backup do arquivo de configuração do Xorg (/etc/X11/xorg.conf). Assim, se algo der errado, terá para onde voltar.
  • Se você tem dois monitores lado a lado, digamos, com 1024 pixels de largura em cada, você terá um total de 2048 pixels de largura, e normalmente o X não permite uma coisa dessas. Altere o arquivo xorg.conf adicionando a opção Virtual LARGURA ALTURA (onde LARGURA e ALTURA são as dimensões em pixels do seu desktop virtual) na subseção Display, como no exemplo:
    Section "Screen"
            Identifier      "Default Screen"
            Device          "Intel Corporation Mobile 915GM/GMS/910GML Express Graphics Controller"
            Monitor         "Generic Monitor"
            DefaultDepth    24
            SubSection "Display"
                    Modes           "1024x768"
                    Virtual         2560 1024
            EndSubSection
    EndSection
        
  • Conecte o cabo do monitor na saída VGA do notebook e reinicie o X (Ctrl+Alt+Backspace faz o serviço).
  • A tela de login deve aparecer com a imagem duplicada na tela do notebook e no monitor, e possivelmente com a resolução errada. Isso é normal, efetue o login.
  • Abra um terminal e execute o comando xrandr -q. Você deve ver informações sobre os monitores, como a seguir:
    $ xrandr -q
    Screen 0: minimum 320 x 200, current 2304 x 800, maximum 2560 x 1024
    VGA connected 1024x768+1280+0 (normal left inverted right) 270mm x 195mm
       1024x768       60.0*+   59.9
       832x624        74.6
       800x600        84.9     72.2     75.0     60.3     59.9     56.2
       640x480        85.0     84.6     75.0     72.8     66.7     60.0
       720x405        69.6
       720x400        70.1
    LVDS connected 1280x800+0+0 (normal left inverted right) 304mm x 190mm
       1024x768       60.0 +
       1280x800       59.9*+   60.0     59.9*
       1280x768       60.0
       800x600        60.3
       640x480        59.9
    TV disconnected (normal left inverted right)
        
  • É agora que vamos ajeitar as coisas. Abra um terminal e execute os comandos:

    $ xrandr --output LVDS --mode 1280x800
    Ajusta a resolução da tela do notebook. Substitua 1280x800 resolução correta

    $ xrandr --output VGA --right-of LVDS
    Posiciona o monitor à direita da tela principal. --right-of pode ser substituído por --left-of, --above ou --below.

    $ xrandr --output VGA --mode 1024x768 --rate 75
    Ajusta a resolução do monitor externo. Note que nesse caso, o refresh rate também é ajustado para 75Hz.
  • Os passos tendo dado certo, você pode criar um script e criar um atalho, ou configurá-lo para ser executado na inicialização do ambiente gráfico (usuários de KDE, salvem o script no diretório ~/.kde/Autostart). Não esqueça de dar permissões de execução ao script (chmod +x SCRIPT).

O que mais dá para fazer?

Além de estender o desktop a mais de um monitor, dá para fazer outras brincadeiras, como inverter ou rotacionar uma das telas, muito útil para quem tem daqueles monitores que podem ser postos na vertical. Veja o manual do xrandr, opção --rotate.

Não sei se é possível trocar o monitor conectado e reconfigurar tudo com o X rodando, mas acredito que não seja possível ainda com a versão do X do Ubuntu 7.10. Talvez isso até já seja possível, mas acredito mais que isso venha a ser possível num futuro próximo (ou até mesmo na versão atual).

Mas tem que ficar executando os comandos toda hora?

Existem tutoriais na internet ensinando como configurar o recurso de dual-head alterando o xorg.conf, e então a configuração fica fixa. Já vi funcionar dessa forma, é verdade. Mas as configurações são meio obscuras, e além de tudo, não consegui fazer funcionar com esse monitor, mesmo seguindo os mesmos passos do outro que funcionou.

Essa configuração com o xrandr, além de ter funcionado comigo de forma simples, ainda tem o benefício de poder alterar as configurações (posição das telas, resolução, refresh rate) em tempo real, sem ter que alterar o arquivo e reiniciar o X (fica mais parecido com a forma que o Windows lida com vários monitores sim, isso é uma boa coisa).

Além do mais, criar um script, como já falei, facilita a vida. Imagine que se você usa em monitores diferentes, ou sem monitor externo, pode ter um script para cada ocasião.

Esse negócio de dois monitores não é frescura?

Não. Pode parecer bobeira, que só é bonitinho de ver funcionar, mas no faz mágica para aumentar sua produtividade. Se tiver condições de ter, experimente. Mas já te adianto que vicia...

terça-feira, 17 de junho de 2008

Lançado o Wine 1.0


Hoje, depois de 15 anos de desenvolvimento, é lançada oficialmente a versão 1.0 do Wine. Para quem não sabe, o Wine é um software que permite rodar softwares para Windows em plataformas Unix-like, como o Linux. O Wine não é classificado como emulador, e sim uma camada de compatibilidade para possibilita chamadas de sistema que apenas o Windows implementa.

Wine 1.0

Em um projeto como esse, o lançamento da versão 1.0 é mais uma formalidade do que uma grande mudança. Mas mesmo que a compatibilidade completa com o Windows ainda não tenha sido alcançada (como tudo deve ser feito por engenharia reversa, estão sempre "um passo atrás"), essa versão promete compatibilidade com vários programas populares, como Photoshop CS2 e os visualizadores do Excel, Word e PowerPoint.

Embora usar programas de Windows pelo Wine para tarefas do dia-a-dia não seja o mais produtivo a fazer, ele é muito útil para programas que são usados apenas de vez em quando, como webdesigners e desenvolvedores web que precisam testar seus trabalhos no Internet Explorer (para tal, veja também o projeto ies4linux).

quarta-feira, 11 de junho de 2008

4 dicas para pôr ordem na casa


Os serviços domésticos já não são as atividades preferidas da maioria das pessoas, mas isso piora quando você já chega em casa do trabalho cansado. Aí, não há o que te motive a enfrentar coisas como uma pia cheia de louça. Mas algumas dicas ajudam.

Não se preocupe, não é nenhum daqueles textos dizendo "arrume primeiro a gaveta de cuecas, depois as de meias, etc". Você já sabe o que fazer, a intenção dessas atitudes é tentar te dar ânimo para fazê-las.

  1. Quando for faxinar, coma fora

    Uma coisa estranha que deu certo comigo: não esperar para lanchar ou jantar em casa. Você passa o dia inteiro na luta planejando chegar à noite e colocar a casa em ordem. Mas o que acontece depois de tomar banho e comer alguma coisa? Você fica pronto para uma noite de descanso.

    Uma forma simples de driblar essa programação do seu organismo é comer em algum outro lugar antes de chegar em casa, e uma vez em casa, ir direto fazer suas tarefas. Sem lanchinho, sem banho, sem descanso. Troque de roupa e vá fazer o que deve ser feito.

    E de quebra, você não suja mais louça para ter que lavar depois.

  2. Não deixe acumular

    Roupa para passar, louça para lavar e outras coisas que acumulam, acumulam porque é chato fazer. Mas se você se render à preguiça inicial, a pilha vai crescendo e vai ser cada vez mais difícil se animar a enfrentá-la.

    Se já chegou a esse ponto, arrume um jeito de começar, mesmo que não faça tudo. Em algumas "viagens" está tudo pronto. Ou tudo de uma vez, pois quase sempre o trabalho que você tem de fato é uma fração do que parecia antes de começar.

  3. Resolva durante a semana

    Outra situação desagradável é deixar para o fim de semana os serviços domésticos. Você com certeza vai ter coisas mais interessantes para fazer no fim de semana, e suas obrigações domésticas vão ficar com prioridade mais baixa do que está. For a frustração de chegar no domingo à noite sem ter feito o que se propôs. Nem proponha, então.

    Use o sábado e o domingo para tarefas domésticas apenas se você realmente só tiver esses dias.

  4. Faça rodízio das tarefas

    Se você mora com outras pessoas, funciona bem combinar tarefas e períodos, alternando as combinações.

    Por exemplo: em uma casa com três pessoas, divide-se as tarefas de limpeza em três grandes grupos, cozinha (lavar a cozinha, limpar o fogão), banheiro (lavar o banheiro) e casa (varrer e passar pano nos outros cômodos), com período de uma semana. Aí as faxinas acontecem como na tabela abaixo:

    PessoaSemana 1Semana 2Semana 3
    JoãoCasaCozinhaBanheiro
    JoséBanheiroCasaCozinha
    MariaCozinhaBanheiroCasa

    Se você morar sozinho e for muito disciplinado, é possível até fazer rodízios consigo mesmo, com períodos menores.

Finalizando: não deixe para amanhã o que já enrolou ontem

O "mantra" aqui já é claro para todos: quanto antes for feito, menos dói. Mas o difícil é arranjar motivação. Espero com essas dicas ajudar nesse sentido, mas elas não fazem milagres, nem comigo.

Se você tem outras sugestões para manter a casa em ordem deixe um comentário.

domingo, 8 de junho de 2008

Você sabe o que é RSS?


Leia também: Como ler scraps sem entrar no Orkut.

Quase todo site hoje em dia disponibiliza para os leitores a opção de assinar um feed RSS. Mas você sabe o que é isso?

O feed RSS é um formato padrão usado para notificar aos leitores que há atualizações em sites de cujo conteúdo é freqüentemente adicionado (como blogs, sites de notícias e até mesmo podcasts). Se aplica muito bem a esses tipos de site porque as páginas em geral não têm seu conteúdo alterado; atualizações vêm quase sempre como novas páginas, com escopo bem definido (como artigos).

Para tirar proveito disso, você deve ter instalado um leitor de feeds RSS ou utilizar algum leitor web, como o Googler Reader. Aí é só adicionar as URLs dos feeds de seus sites favoritos. Alguns navegadores como o Firefox e o Opera também permitem assinar feeds diretamente, sem precisar de outro software. É possível acompanhar os feeds até mesmo na maioria dos smartphones ou em seu perfil do Orkut.

A vantagem mais gritante é ser notificado quando os sites são atualizados, e não ter que visitar periodicamente seus sites preferidos para, quem sabe, ver algo novo. Assinando a vários feeds, é muito fácil acompanhar mais sites do que você normalmente faria, e conseqüentemente absorver mais informação no mesmo tempo.

Saiba mais

Outro bom artigo sobre RSS foi publicado no endereço http://kerkeberos.net/wp/2008/04/23/rss-20-really-simple-syndication/. Esse link, além de abordar alguns pontos não mencionados aqui, tem uma grande lista de programas agregadores de feeds, para Windows, Linux, multiplataforma e web.

Leia também: Como ler scraps sem entrar no Orkut.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

O que é a restituição do imposto de renda?


Dia 16 de junho começa o período de pagamento das restituição do imposto de renda de pessoa física. Mas afinal, o que é isso?

A pergunta mais natural é: se o imposto tem que ser pago e depois restituído, por que simplesmente não se paga menos? Bem, existem pessoas que já possuem o imposto retido na fonte, ou seja, já recebem seus rendimentos todo mês com a parcela do imposto de renda descontada. Também existem aqueles que recolhem o imposto mensalmente com o carnê-leão, como autônomos, profissionais liberais e quem recebe renda do exterior ou de pessoa física.

Acontece que ao calcular o imposto a ser pago todo ano, existem as quantias que podem ser dedutíveis. Entre elas, estão despesas médicas, pagamento de pensão alimentícia, despesas com educação etc. Até um certo limite, essas despesas (desde que comprovadas) reduzem o montante a ser pago. Mas quem recolhe com o carnê-leão ou é descontado na fonte já pagou os impostos sem as deduções.

É aí que entra a restituição do IR (imposto de renda). Ela serve para retornar para o contribuinte o que foi pago em excesso, se o valor devido for menor do que o já pago. A restituição é paga em lotes mensais, até o mês de dezembro. O contribuinte só não recebe a restituição nesse período se cair na malha fina, ou seja, foi encontrada uma inconsistência na sua declaração. O pagamento então só será feito quando a situação for regularizada junto a receita (o que pode ser feito entregando uma declaração retificadora, se o próprio contribuinte detectar o erro) e o pagamento será feito no chamado lote residual. A diferença é que esse lote não segue um calendário.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Backup em CD-RW - melhor não...


É relativamente comum, mesmo na era dos pen drives, pessoas (ou até empresas) que fazem backup dos seus dados em CDs ou DVDs regraváveis. A vantagem é que não é necessário gastar uma mídia virgem a cada backup, assim é mais fácil fazer backups mais freqüentes (semanalmente, por exemplo).

Mas a vantagem se torna uma desvantagem, já que as mídias regraváveis estão entre as coisas menos confiáveis que existem. Não que os CD-RW e DVD-RW sejam absurdos de confiabilidade, mas são mais garantidos que os regraváveis. Principalmente, se você fizer mais de uma cópia.

As mídias óticas regraváveis funcionam, funcionam, funcionam enquanto você está gravando, e aí parece que está tudo bem. Então quando você precisa do backup (depois de muitas regravações) o disco já está desgastado e o disco dá erro de leitura.

Usar mídias comuns te faz perder dinheiro? Regraváveis te fazem perder dados.

domingo, 1 de junho de 2008

Buscas mais freqüentes - Maio 2008


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